quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Religião e secularização

Li Orhan Pamuk, Nobel de Literatura em 2006. Ele me fez pensar nas abrangentes implicações da secularização, na força da religião, e especialmente no significado de um Estado laico. Considerando correto que religioso e secular são os dois extremos da civilização, Deus não tem vez nem voz no mundo secularizado, o que explica ou justifica (ou explica mas não justifica) o Estado laico.

Houve um tempo quando a religião dava as cartas do processo civilizatório, tanto no ocidente cristão quanto no oriente islâmico. O advento da secularização destronou a religião e assumiu o controle da vida em sociedade. Desde então a religião passou a ser encarada como questão de foro íntimo, não poucas vezes associada à ignorância, alienação, superstição, infantilidade e primitivismo.

O Estado laico implica a postura ateísta, isto é, Deus não pode ser invocado como argumento em questões de ciência e legislação. A partir desta premissa, a coisa pública–res-pública–república, busca sua sustentação em fundamentos não religiosos.

A princípio, parece lógico e justo. Caso o aspecto religioso fosse levado em consideração para a norma científica e a legislação da sociedade, assistiríamos o digladiar das diversas tradições religiosas pela primazia do arbítrio da vida coletiva, isto é, cada tradição religiosa tentaria anular as outras e impor sua perspectiva como única verdade – o que, aliás, se tem visto hoje em dia. O conflito entre as potências ocidentais e orientais no mundo moderno (ou pós-moderno) é menos econômico e geopolítico do que religioso e de civilizações. Nesse sentido, os que defendem o estado laico, onde a religião ocupa espaço pessoal e privativo e não pode ser invocada para a coisa pública parecem ter mesmo razão.

Mas há o outro lado da moeda. Alijar a religião do processo social implica calar a voz de significativo número de cidadãos, e, nesse caso, o laicismo do Estado passa a conspirar contra um dos alicerces da opção republicana, a saber, a liberdade das consciências individuais. Também ocorre que o Estado perde riquezas próprias das diferentes dimensões da sabedoria e da verdade, notadamente as dimensões inerentes aos saberes não racionais (diferente de “irracionais”). O equilíbrio do Estado não está na inexistência de conflitos, mas na igualdade de direitos das forças que o constituem. Isso explica porque as repúblicas seculares são tão radicais quanto os estados baseados no fundamentalismo religioso: todo aquele que insiste em calar vozes perde o direito de falar, e quem perde o direito a alguma coisa e ainda continua a exercê-lo, o faz pela força, de modo que sua autoridade se torna ilegítima e deve ser resistida.

Tanto a secularização quanto o fundamentalismo religioso conspiram contra a liberdade. Este é um tempo, portanto, de uma melhor definição de Estado laico. Não mais aquele onde a religião está ausente, mas aquele onde todas as religiões têm iguais e garantidos direitos, e aceitam participar do jogo democrático, respeitadas as regras do jogo, e mediante o acordo tácito de uma vez no poder, preservar os direitos dos discordantes. Isso sim é utopia. Isso sim é ser republicano. Ou democrata. Como queira. Isso sim é ser religioso (no sentido subjetivo). Ou secular (no sentido objetivo). Como queira.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Relação

..."Quem espera o melhor com a intervenção de Deus Onipotente, Oniciente, Onipresente acaba se frustando e sucubindo a culpa ou incredulidade, quem espera ser uma pessoa melhor e andar em comunhão com Deus, numa Relação de Amor e Liberdade, e desfrutando sua presença e doce compania é capaz de enfrentar a vida, qualquer que seja ela."

POR: Ricardo Gondim

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Manifestos!?


Atualmente há um enorme contingente de Cristãos neutros que estão sem tempo para leitura, pergunta-se hoje o que a igreja precisa para formar Varões perfeitos perante Jesus? Baseado em Efésios, acredito que muitos fatores poderiam contribuir para tal Fato, porém precisamos nas igrejas de "pensadores Cristãos.

Não àqueles que indagam, rebeliam-se, conspiram, mas áqueles pensadores Ávidos por Reflexão bíblica, que já não se contentam por tanta superficialidade bíblica, sensos comum, Repetições ou chavões.

Sorrisos aparecem nos lábios dele, não de felicidade, de Ironia...."Abram suas Bíblias no livro......você será impactado hoje....olhe para seu irmão..." Mais um sermão Carregado de repetições, chavões, senso comum, ideologia Evangélica brasileira...a pergunta é...Quando haverá um Sermão de qualidade nos púlpitos brasileiros???

Estamos já, inchados com a frustação de ver pregadores com reflexão superficial, e talvez nem entendam sua importância, a Reflexão, pois apenas dizem: é pecado.
É notoriamente mais cômodo formar ouvintes e discipulos conformados ao invéz de reflexivos, assim ninguém refletirá sobre a devasta destruição de vidas que causa a Religiosidade.

O evangelho não precisa de Religiosos que fincam suas bandeiras ao chão travando "guerras" e "defendendo" sua Religião, ah....isto é tão Comum. Precisa de homens e mulheres que estejam com o coração inflamados de amor, que possam testemunhar com o silêncio a paz, a santidade, a mansidão e a benevolência.
A atitude é a maior pregadora na vida de um Cristão.

Hó Senhor, ensina-nos teus principios para que possamos testemunhar com nossos atos..

POR:Jackson Poeta aprendiz