quarta-feira, 22 de abril de 2009

Por que Poeta?! Porque Aprendiz?!


Texto Escrito em 31/01/2008, olhar para trás.... o que escrevi faz enxergar-me o como sou ainda Aprendiz.......


Provérbios 16.16 "Quão melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quão mais excelente é adquirir a prudência do que a prata!"

Ao encontrar a sabedoria dentro da palavra de Deus, senti-me surpreendido ao contempla-la, ao vê-la como esta, permanece longe daqueles que a buscam.( Ec 1.18). Nesta jornada de busca, pelo qual todo homem se coloca a procura-la, seguindo o conselho do "Grande Rei de Israel"( Prov 4:7) encontrei muitos caminhos.

Descobri que o homem em suas diversas ciências enxerga Deus em diferentes perspectivas, isto é, as Cosmovisões são múltiplas.Estas por sua vez são distribuídas em "Religiões", "filosofias", "psicologias" e "sociologias", porém o mais interessante são as diferenças dentro da própria Bíblia. Na Torá (Pentateuco, ou Livros da Lei) o mundo é descrito como regido por uma Lei que organiza a vida com muita especificidade. O cumprimento da lei estabelece uma nítida relação de causa e efeito na interação dos homens com a naturezaMas, posteriormente o livro de Jó relata um universo em que bênçãos e maldições resultam de realidades inacessíveis aos humanos.

Jó sofre, mas nem ele nem os seus pares têm qualquer noção da trama que acontece nas dimensões espirituais. E todas as especulações sobre o porquê do seu sofrimento estavam erradas. Em um período mais tardio da cultura judaica, o livro do Eclesiastes concebe o universo totalmente contingente. No Eclesiastes, a vida é uma aventura na qual existem tempos diametralmente opostos entre si: tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de guerra e tempo de paz, tempo de nascer e tempo de morrer. Neste livro alguns acontecimentos são fortuitos, desconectado de qualquer sentido ou propósito.

E nessas divergências que muitos colocam como um obstáculo para a compreensão da Vontade de Deus, descobre-se que diferentes paradigmas tentam entrar em harmonia, há uma busca do homem pela verdade desde os primeiros "teólogos", (poderíamos criar um significado novo para esse substantivo para àquele que busca compreender a vontade do pai, conhece-lo, estuda-lo).Isto é mal? Ao meu ver não, Salomão passou sua existência conhecendo-o, Moisés ja na sua velhice descobriu que tinha ainda muito o que aprender, Paulo afirmara ser um miserável, estava ainda para obter as marcas de Cristo, e em seu Cárcere:_Quando vieres, traze os livros, principalmente os pergaminhos.

Contudo o que aprende-se com essas cosmovisões;1° O homem sempre esta a procura de Deus mesmo na Secularização do homem pós moderno.2° Podemos aprender mais quando refletimos se ha alguma relação nesses paradigmas.3° A visão do Teólogo é limitada, visto que é um homem.4° O homem aprende quando pensa, quando busca, quando entra em contato com o outro.Meu caro Irmão, sua busca não é vã, o Senhor quer lhe mostrar um universo imenso dentro das Escrituras, aprendi inumeros conceitos nessa busca desenfreada, e descobri por último que sou apenas um "Aprendiz" e você? Também é! E o Teólogo? Também !, E o filosófo? Também é! E o Pastor Conferencista? Também é! E o Pastor Presidente do Min "tal". Também é!Então..........Todos somos aprendizes, o que diferenciará um homem para o outro são os enfoques que cada um se prende, ontem aprendi que todo discursso é Introspectivo!Descobri ao lado de Jesus que sou um Aprendiz Eterno, aprendo com ele, lido com os problemas da Humanidade, antes de ser Teólogo, antes de Filósofo, antes de Poetas, somos Aprendizes.O teólogo fala sobre Deus e o tem como objeto de Estudo( Théos = Deus, Logia = Logus = Palavra = estudo), o Filósofo Fala sobre Deus e pensa sobre Deus, sobre a Metafisica e sobre a ética, será Deus nossa criação? Sua filosofia carrega toda uma história, mas......

POR: Jackson Poeta Aprendiz

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Literatura...


"A LITERATURA persiste em traçar um panorâma da sociedade como um todo e ao mesmo tempo Expõe e Rasga máscaras de sua Face!" Elfriede Jelinek

"A Literatura não está só acompanhada pela a Reflexão mas também estão intimamente ligadas, pois apenas se cria Literatura quando nesta, antecede a Reflexão como Crítica e Espelho da sociedade a qual se insere o Individuo, tanto analizo-a formalmente, mas não consigo enxerga-la sem perceber a Religiosidade dentro de qualquer Esfera Social ou Eclesiástica, e vejo isso com Bons olhos, pois percebo que nosso problemas Reflexivos e Religiosos não são tão recentes como alguns pensam."
Jackson Poeta Aprendiz

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ensaios sobre a interioridade!


Paisagens com cupim

No canavial tudo se gasta
pelo miolo, não pela casca.
Nada ali se gasta de fora.
qual coisa que em coisa se choca.

Tudo se gasta mas de dentro:
o cupim entra os poros, lento:
e por mil túneis, mil canais,
as coisas desfia e desfaz

Por fora o manchado reboco
vai-se afrouxando, mais poroso,
enquanto desfaz-se, intestina,
o que era parede, em farinha.

E se não se gasta com choques,
mas de dentro, tampouco explode.
Tudo ali sofre a morte mansa
do que não quebra, se desmancha.

MELO NETO, João Cabral de. Poesias completas.

Cascas nada podem mostrar devido a Exterioridade as quais se Encontram, refiro-me a profundidade da ignorância humana escondida atrás de toda Religiosidade.

João Cabral, poeta de mistérios, descobrira tal enigma ao olhar às Canas dos Sertões que pintam o Nordeste Brasileiro paradoxalmente de Cinza e Preto. Àquelas que não morrem pelas mãos fatigadas dos Trabalhadores têm seus trilhos moldados pela Peste e pela Praga.

Enquanto a Casca resiste ao Sol do meio-dia, seu interior dissolve-se rumo a destruição sem nem ao menos resistir, pois tão encarecidamente aceitara seu destino de forma tão Sutil e Pacifica. Será os homens dessa forma?

Dentro destes Castelos de Concreto, olho ao meu redor e me vejo inserido nas palavras tão mágicas do poeta, exteriodade antítese da interioridade, coração de homem... só Deus compreende. Isso bem compreendeu Samuel( I Samuel 16.7). A Reflexão indaga através de sua tão íntima Amiga, a Poesia. Somos deteriorados por dentro?

Como Otelo, encurralamos-nos em perguntas que nos trazem Aflições. Pessoas mostram-se Perfeitas e Belas mas em seu interior revelam-se ao Todo-Poderoso a sua Corrupção que destroça vidas, ilude pessoas, corrompe corações, alienam-se mentes e as conduzem aos infernos Psicológicos e Espirituais.

Na conteporâneidade a instituição religiosa assemelha-se Às Canas que de tão belas e doces parecem útil a Todos mas ao tocar-lhe transformam-se em Farelos. Nosso castelos de Concreto chamado pelos
"pseudo-cristãos" de Igreja podem tornar-se em pó um dia com a vinda de Cristo, porém e as Almas? Essas são imortais. Serão as pessoas menos importante que Castelos ou Instituições?... ou Títulos? Eu vejo o meu Senhor Jesus ao lado de Pessoas, Castelos são apenas pó com "alguma" beleza aos olhos dos Religiosos(Atos 7:48,17:24).

Senhor, ensina-me a contemplar a beleza e o valor Humano na tua Casa, para que nunca possa desvalorizar uma vida em nome de qualquer Religiosidade!
POR: Jackson Poeta Aprendiz

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Religiosidade?!


No Egito, de volta ao passado


Entrei por uma porta estreita e baixa, descalcei os sapatos e vi-me cara a cara com a história. A capela esfumaçada, o chão atapetado, os pés descalços não me deixaram esquecer: eu estava no mosteiro de São Macário da Igreja Ortodoxa Copta, cerca de 150km de Cairo. Uma construção no meio do deserto. A experiência foi única. Viajei no tunel do tempo até o quarto século depois de Cristo (lembre-se, este é o vinte e um). A fumaça era incenso e meu olfato me ligava ao Divino - como cearense, gosto da idéia de “cheirar” Deus.

Acompanhado por outros pastores evangélicos, apertei a mão do monje Irineu. Um senhor de 59 anos de idade, que nunca faz a barba e que nos recebeu recoberto por um hábito preto; além do barrete preto, ele ainda usava véu. Irineu tem PHD em farmacologia. Entrou para vida monástica há mais de trinta anos e durante todo esse tempo nunca colocou os pés do lado de fora - não tem contato com o mundo, com a mídia ou com qualquer amenidade secular.

Com a missão de orar e trabalhar, Irineu cuida da impressão dos livros que seus irmão monjes escrevem sobre espiritualidade, história e teologia.

Os coptas (copta significa egípcio) acreditam ser discípulos do evangelista Marcos. O monasticismo egípcio teve origem bem antes das tradições monásticas católicas. Na época das perseguição que os cristãos sofreram na Alexandria, alguns homens entenderam que deviam preservar a fé, refugiando-se no deserto. São Macário, influenciado por Santo Antônio, por volta do ano 340 AD, assumiu a direção de um desses refúgios. Para que a fé não se corrompesse, Macário fez voto de viver em absoluta solitude (a raiz mono em monasticismo significa vida só).

Perguntei a Irineu, como era seu dia. Falando baixinho, contou que todos acordam as 4 da madrugada e oram até as seis. Tomam café da manhã em silêncio. Trabalham nas hortas, pomares e criação de ovelhas e vacas leiteiras. Almoçam em silêncio. Oram por mais duas horas. Estudam ou trabalham até às seis. Depois todos se trancam nas celas e jantam (ou não) sozinhos. No dia seguinte, a mesma rotina.

Alguns pastores que acompanhavam a visita franziram a testa. Outros se mostraram indignados com a falta de envolvimento dos monjes com as necessidades do mundo. Incenso escandalizou os mais intolerantes. Mas eu me extasiei com a visita. Como não me impressionar com uma página importante da fé cristã? O legado desses homens preservou documentos vitais; devemos a copistas, estudiosos e místicos a continuidade da mensagem de Cristo na época da corrupção dos cardeais e dos papas. Época dos pelegos da fé.

Na capela onde 49 monjes foram trucidados, lembrei-me que o ramo "protestante-fundamentalista-evangélico-pentecostal" que me formou tem pouco lastro, menos de 150 anos. O mosteiro de São Macário sobrevive há 1500.

Irineu largou emprego e família, trocou de nome, fez voto de castidade e de pobreza. Todos os dias lê a Bíblia e se coloca na brecha da intercessão, suplicando a Deus para que não deixe o mundo despencar na sarjeta. Não sei se teria coragem para fazer o mesmo, portanto, não posso criticá-lo. Na despedida, pedi que me incluisse em suas orações, pois eu é que sou miserável, cego e nu.
Publicado por Ricardo Gondim


Onde Estamos nós, dentro da religiosidade Evangélica brasileira? Onde estamos, dentro da Esfera religiosa? Cristo limita-se apenas a Nós? Senhor, ensina-nos a sua Palavra!